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Cellera Farma e a suíça Ferring unem-se em remédios inovadores

Foi publicada em 07/06/22 uma matéria no Valor Econômico contando um pouco mais sobre a nova parceria estratégica de inovação entre Cellera Farma e Ferring.

Abaixo você pode conferir o conteúdo completo da matéria, ou se preferir, pode utilizar o anexo.

Acordo entre as farmacêuticas envolve a produção e comercialização de produto voltado para cicatrização na área de gastroenterologia.

A Cellera Farma acaba de firmar um acordo com o laboratório suíço Ferring para produção e comercialização de um medicamento inovador para cicatrização na área de gastroenterologia. É o primeiro passo de uma parceria que poderá ser mais abrangente no futuro.

Para a Cellera, esse primeiro projeto representa transferência de tecnologia, ocupação de capacidade instalada da fábrica de Indaiatuba (SP) e um novo salto de faturamento, com direito de primeira escolha de comercialização do novo fármaco.

Já a Ferring, que está presente em 56 países, passa a contar com produção local de um de seus fármacos e se valerá da capilaridade da Cellera para levá-lo a profissionais da saúde e farmácias brasileiros em todo o país.

O novo medicamento, um gel que combina duas moléculas já existentes para acelerar o processo de cicatrização de fissura anal e controlar a dor, foi desenvolvido no país, no centro da Ferring – em projetos futuros, a Cellera poderá inclusive se juntar à multinacional nesta etapa.

O fármaco entrará na fase 3 de estudos clínicos em 2023 e pode chegar ao mercado em meados de 2025. Até agora, os investimentos no produto já alcançaram entre R$ 15 milhões e R$ 17 milhões, e outros R$ 5 milhões devem ser dispendidos até o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já na fase de lançamento (“go-to-market”), os investimentos estão estimados em R$ 50 milhões.

“O produto será importante para as duas empresas”, diz o presidente no Brasil e líder para a América Latina da Ferring, Rafael Suarez.

Segundo a multinacional, a escolha da Cellera como parceira levou em conta a qualidade de seus ativos produtivos, que atendem às exigências de agências internacionais, e a disposição para investir em inovação. Além disso, a proposta é que os medicamentos desenvolvidos pela parceria possam ser internacionalizados sem necessidade de repetição dos estudos clínicos lá fora, explica o diretor de P&D e assuntos regulatórios da Ferring, Renato Faro.

Presidente da Cellera, Omilton Visconde Júnior afirma que a farmacêutica brasileira aposta em parcerias para crescer, ao mesmo tempo em que evita exposição a produtos comoditizados, em linha com o que a Ferring tem a oferecer. Com atuação nas áreas de sistema nervoso central (SNC) e gastroenterologia, a farmacêutica tem alguma participação em pediatria e avalia a entrada em ortopedia. “Nosso foco é inovação”, ressalta.

Para este ano, a previsão é que a farmacêutica brasileira fature R$ 500 milhões, dez vezes mais do que o registrado em 2017. O plano, conforme o empresário, é buscar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) quando a empresa alcançar a marca de R$ 1 bilhão – prevista para três a quatro anos.

A Ferring, formada em 1950, pertence a um só dono e está no Brasil desde 1985. Mundialmente, o grupo teve receita de €2 bilhões e investe 20% da sua receita por ano em P&D, disse Suarez.

Por Stella Fontes e Ivo Ribeiro — De São Paulo

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