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Covid-19 e influenza: como conseguir diferenciar?

Desde o início de 2022, o Brasil enfrenta o agravamento da pandemia de Covid-19 devido à disseminação da variante Ômicron, com alto potencial de transmissão. Ao mesmo tempo, uma epidemia de gripe causada pela variante H3N2 do vírus influenza também tem afetado país. Ambas doenças têm sinais e sintomas parecidos, além da mesma forma de contágio. Continue a leitura e saiba como é possível diferenciar Covid-19 e influenza.

Sinais e sintomas da Covid-19 e influenza: quais as semelhanças e diferenças?

Tanto a Covid-19 quanto a gripe causada por influenza são doenças causadas por vírus, portanto altamente contagiosas, e que afetam principalmente o sistema respiratório. Com isso, o quadro gripal causado por ambas pode confundir o diagnóstico. Mas há sinais e sintomas específicos de Covid-19 e influenza, que variam de acordo com o tipo do vírus e com a evolução da doença em cada pessoa.

  • Covid-19

Causada pelo novo coronavírus, cerca de 80% dos casos correspondem a pacientes assintomáticos ou com sinais e sintomas leves, sobretudo aqueles com esquema vacinal completo. Já 20% dos infectados precisam de internação devido a complicações da doença. Veja os sinais e sintomas de Covid-19, de acordo com as variantes mais comuns no Brasil:

Vírus original – essa cepa, mais incidente no começo da pandemia, pode causar febre, tosse seca, cansaço, perda do paladar e/ou olfato. Com menos frequência, é possível ocorrer inflamação na garganta, dor de cabeça, irritação nos olhos, erupções cutâneas e diarreia. Os casos mais graves são associados a falta de ar, dor no peito, perda da fala ou mobilidade e confusão mental. 

Variante Delta – febre, tosse persistente, coriza, espirros, dor de cabeça e dor de garganta. A cepa apresenta evolução rápida e alto risco de hospitalização, sobretudo entre as pessoas não-vacinadas.

Variante Ômicron – cansaço extremo, dores pelo corpo, dor de cabeça e dor de garganta. A maior parte dos casos têm sido relatados como leves, porém altamente transmissível e com grande número de mutações.

Os casos sintomáticos de Covid-19 levam de cinco a 14 dias após a infecção para se manifestarem.

  • Influenza

São três tipos de vírus influenza conhecidos por infectar seres humanos: A, B e C, sendo que o A e o B são responsáveis por causar epidemias de tempos em tempos, em diversas partes do mundo. O tipo A é o mais conhecido, sendo dividido em duas principais variantes: H1N1 e H3N2. Esta última tem sido responsável pela epidemia de influenza em algumas regiões do Brasil desde o início de 2022.

Todos os tipos de influenza, incluindo o H3N2, causam sinais e sintomas semelhantes, que podem ser:

  • Febre alta e súbita, logo no início da infecção;
  • Inflamação na garganta;
  • Tosse, que pode durar de uma a duas semanas;
  • Dor de cabeça;
  • Dor no corpo e articulações;
  • Mal-estar;
  • Calafrios;
  • Coriza;
  • Perda de apetite;
  • Irritação nos olhos;
  • Diarreia e/ou vômitos, principalmente em crianças.

Os casos sintomáticos se manifestam entre três a cinco dias após a infecção.

Como confirmar o diagnóstico da Covid-19 e influenza?

As semelhanças entre os quadros gripais da Covid-19 e influenza não permitem que o diagnóstico seja feito apenas com base no exame clínico e histórico de saúde do paciente. Para confirmar ou não a presença das doenças, é necessário realizar testes específicos. Confira a diferença entre eles:

  • RT-PCR – é considerado o teste padrão-ouro pela Organização Mundial da Saúde para detectar a presença do coronavírus. O exame é colhido por meio de um swab, introduzido no nariz ou garganta, e deve ser feito entre o terceiro e sétimo dia após o início dos sintomas.
  • Antígeno – o exame acusa a infecção ativa pela Covid-19 e é mais rápido e simples que o RT-PCR, sendo uma alternativa viável principalmente em locais com altos números de casos, onde há unidades de saúde e laboratórios sobrecarregados. Também é realizado via swab e deve ser feito entre o quinto e sétimo dia após o início dos sintomas.
  • Sorológico – não é indicado para detectar a infecção ativa pela Covid-19, já que o exame detecta anticorpos somente depois de uma a duas semanas da contaminação. O objetivo do exame é saber se a pessoa já teve ou não a doença.
  •  Testes para influenza – existem dois tipos de teste para detectar influenza: o teste rápido, que acusa os tipos A e B, fica pronto em duas horas, mas possui menor sensibilidade; e o teste molecular para detecção de influenza A, que identifica também a cepa do vírus.
  • PCR multiplex – é como um RT-PCR para covid-19, mas que também é capaz de detectar os tipos de influenza.

É possível estar infectado com Covid-19 e influenza ao mesmo tempo?

Sim, uma vez que a forma de contágio é a mesma para ambas as doenças – contato com saliva, objetos contaminados e que são levados à boca, micropartículas suspensas no ar que contenham o vírus – é possível se infectar com Covid-19 e influenza ao mesmo tempo. Nesse caso, os sintomas serão simultâneos e não há diferenças tão notáveis.

Como prevenir o contágio da Covid-19 e influenza?

A vacinação é o método mais eficiente e seguro de impedir as formas graves das doenças, evitando complicações, sequelas, hospitalizações e a morte. A vacina contra a Covid-19 está disponível para todas as pessoas acima de 5 anos de idade. Já a vacina contra o vírus influenza protegem contra os tipos A e B, mas ainda não incluem a imunidade contra a variante H3N2. Outros cuidados para evitar o contágio e transmissão da Covid-19 e influenza são:

  • Uso de máscaras, sobretudo em locais fechados e na presença de outras pessoas;
  • Evitar aglomerações, principalmente em locais fechados e/ou com pouca ventilação;
  • Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel – ao entrar e sair de estabelecimentos, andar de transporte público e ao chegar em casa.

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