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TDAH: como identificar os sintomas de hiperatividade na rotina?

Dificuldade para manter o foco nas atividades, agitação motora, impulsividade e falta de atenção e são os sintomas clássicos do TDAH – transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O distúrbio acomete cerca de 5,9% das crianças e adolescentes e 2,5% da população adulta mundial. No Brasil, o TDAH atinge cerca de 2 milhões de indivíduos adultos.

Continue a leitura e entenda mais sobre a doença e como os sintomas da hiperatividade podem se manifestar na rotina.

Categorias de TDAH – todo mundo manifesta falta de atenção e hiperatividade?

O quadro de TDAH é marcado, na maior parte das vezes, pela dificuldade da pessoa em manter-se atenta durante alguma atividade. No entanto, o transtorno pode ser dividido em dois tipos de manifestação de comportamento:

  • Dificuldade de concentração e de foco;
  • Hiperatividade e impulsividade.

Muitas pessoas possuem características que as enquadram em ambos os tipos, mas isso não é obrigatório. Por exemplo, cerca de dois entre três indivíduos com essa condição apresentam dificuldade de concentração e foco, mas não manifestam hiperatividade ou impulsividade.

Quando isso acontece, o quadro também pode ser chamado de TDA, sigla que significa transtorno de déficit de atenção. Como os sintomas desse quadro costumam ser menos óbvios e a pessoa tende a esconder sua desorganização ou guardá-la para si, é um problema que pode passar desapercebido pela maioria dos pais e professores.

Quais são os sintomas de hiperatividade no TDAH?

O TDAH com apresentação predominante de hiperatividade em crianças costuma provocar comentários como “ele/ela é elétrico” ou “ligado no 220” por não se manterem inativos por muito tempo. Os meninos tendem a apresentar mais hiperatividade e impulsividade em comparação às meninas, mas todos são desatentos e podem apresentar problemas de comportamento como, por exemplo, dificuldade em seguir regras e respeitar limites.

Os principais sintomas de hiperatividade em crianças e adolescentes incluem:

  • Mexer pés e mãos ou se contorcer na cadeira escolar constantemente;
  • Dificuldade para permanecer sentado;
  • Correr e escalar objetos, móveis, muros etc;
  • Dificuldade em se envolver em atividades silenciosas;
  • Fala excessiva;
  • Responder antes que as perguntas sejam concluídas;
  • Interrupções durante conversas com outras pessoas.

Em adultos, os sintomas do TDAH predominantemente hiperativo costumam ser mais difíceis de diagnosticar pela falta de estudos sobre o transtorno nesse grupo e porque os sinais tendem a ser mais sutis após o fim da adolescência. A hiperatividade tende a diminuir conforme a pessoa envelhece.

Alguns sintomas de hiperatividade em adultos incluem:

  • Inquietação e nervosismo;
  • Irritação;
  • Dificuldade em avaliar o próprio comportamento;
  • Necessidade de começar novas atividades sem terminar as antigas;
  • Dificuldade de permanecer quieto;
  • Interrupções durante conversa com outras pessoas;
  • Oscilações de humor;
  • Inabilidade em lidar com situações estressantes;
  • Impaciência;
  • Realizar ações arriscadas sem se importar com a segurança pessoal ou de outras pessoas.

A hiperatividade e impulsividade em adultos também está associada a outros problemas, como o abuso de drogas e álcool e ainda a uma alta incidência de outros transtornos associados, como ansiedade e depressão.

Como diagnosticar o TDAH?

Se você desconfia que uma criança ou mesmo que você tenha sintomas que podem ser associados ao TDAH, é fundamental buscar uma opinião especializada. No caso das crianças, o apoio da escola é importante para entender qual o desempenho dela nas atividades e se o comportamento em sala de aula indica algum problema.

Se, de fato, houver uma forte suspeita, você pode consultar neurologistas, neuropediatras (no caso de crianças e adolescentes), psiquiatras ou psicólogos especializados nesse tipo de diagnóstico. Isso vale tanto para crianças como para adultos, que são avaliados pelos mesmos especialistas.

É importante ressaltar que o diagnóstico do TDAH não é feito somente com base nas características de comportamento da pessoa. O profissional irá avaliar todo o histórico de combinação, frequência e intensidade das manifestações dos sintomas.

Qual é o tratamento do TDAH?

Por ser uma condição neurobiológica com impactos comportamentais, o tratamento do TDAH, especialmente quando combinada a condição de desatenção com hiperatividade, deve ser feito de modo múltiplo, com medicamentos, terapia e sessões de fonoaudiologia (quando a fala ou a escrita também são afetados).

Medicações – ajudam a amenizar os sinais e sintomas de impulsividade e a hiperatividade.

Terapias – ajudam a amenizar os sintomas do TDAH, além de ensinar técnicas específicas para o paciente lidar com as questões comportamentais. Algumas terapias que podem ser usadas são:

  • Psicoeducação;
  • Psicoterapia;
  • Terapia comportamental;
  • TCC (Terapia cognitivo comportamental);
  • Grupos de apoio.

Quem vai indicar a melhor forma de proceder é o médico especialista, que poderá prescrever a abordagem adequada para cada caso e ajudar o paciente a ter mais qualidade de vida ao conviver com o TDAH.

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