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Atenção aos primeiros sintomas da ansiedade

Segundo a Organização Mundial de Saúde, 18,6 milhões de brasileiros convivem com ansiedade, um transtorno caracterizado pela angústia e preocupação excessivas, que geram prejuízos em todas as áreas da vida. Não à toa, o transtorno é responsável por 17,9% dos afastamentos de trabalho por motivo de doença. Felizmente, é possível acompanhar e tratar a ansiedade assim que houver a identificação dos sintomas. Por isso, continue a leitura e saiba os seguintes aspectos do transtorno, como:

O que são transtornos de ansiedade?

Os transtornos de ansiedade englobam uma série de transtornos que têm em comum medo, ansiedade e perturbações comportamentais. A pessoa com algum transtorno de ansiedade frequentemente sente medo de que algo ruim possa acontecer, seja essa ameaça real ou apenas percebida. Como resposta a este medo, ela sente ansiedade, como se antecipasse a possível ameaça.

Os tipos de transtornos de ansiedade se classificam de acordo com as situações ou objetos que levam aos comportamentos ansiosos. Ainda assim, eles se assemelham e é comum que uma pessoa manifeste mais de um tipo de transtorno de ansiedade. São eles:

  • Transtorno de ansiedade de separação;
  • Mutismo seletivo;
  • Fobia específica;
  • Transtorno de ansiedade social;
  • Transtorno de pânico;
  • Agorafobia;
  • Transtorno de ansiedade generalizada;
  • Transtorno de ansiedade induzido por substância/medicamento;
  • Transtorno de ansiedade devido a outra condição médica;

O tipo que as pessoas costumam chamar, de modo geral, de ansiedade é o transtorno de ansiedade generalizada. Ele é caracterizado ´por ansiedade e preocupação excessivas, que ocorrem na maior parte dos dias por, pelo menos, seis meses. Normalmente, as manifestações da ansiedade podem oscilar ao longo do tempo, mas não se relacionam com situações específicas (como fobias, por exemplo) e nem acontecem na forma de ataques.

Quais os sinais e sintomas de ansiedade e como se manifestam?

A ansiedade e preocupação excessivas características do transtorno de ansiedade generalizada podem se manifestar junto de uma série de pensamentos negativos, relacionados a uma apreensão sobre atividades ou eventos, além de sintomas físicos e neurológicos. Eles podem ser:

Sintomas psiquiátricos

  • Preocupação exacerbada sobre a própria rotina – como trabalho, finanças, compromissos agendados;
  • Angústia acerca da própria saúde ou da saúde dos membros da família, mesmo quando não há razões para preocupação;
  • Pensamentos sobre desgraças consigo mesmo, pessoas próximas e familiares.

Sintomas neurológicos

  • Perturbação do sono – sono inquieto ou dificuldade em manter ou cair no sono;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Inquietação (sensação de estar com os nervos “à flor da pele’).

Sintomas físicos

  • Tensão muscular;
  • Fadiga;
  • Sudorese;
  • Náusea e diarreia;
  • Falta de ar;
  • Tonturas;
  • Batimentos cardíacos acelerados;
  • Dor de cabeça.

Como diferenciar os sintomas de ansiedade de manifestações emocionais comuns?

É comum que algumas frustrações e preocupações decorrentes do dia a dia sejam confundidas com o transtorno de ansiedade generalizada, que é patológico e requer tratamento médico. Existem alguns pontos principais que diferenciam ambos:

Intensidade das preocupações associadas à ansiedade – as angústias e preocupações que se manifestam no transtorno de ansiedade são excessivas a ponto de interferir no funcionamento mental da pessoa. Ela não consegue deixar essas questões de lado, afastar os pensamentos ou impedir que as preocupações se manifestem em momentos inapropriados, como durante o trabalho, em um momento de lazer com os amigos, entre outros. Já as preocupações cotidianas, mesmo quando sérias, conseguem ser manejadas e/ou adiadas.

Duração dos sintomas e preocupações associados – as preocupações e outros sintomas relacionados ao transtorno de ansiedade generalizada têm duração de, no mínimo, seis meses e podem ser crônicas se não tratadas. Além disso, as manifestações de sintomas podem acontecem sem motivadores. As preocupações do dia a dia tendem a ir embora espontaneamente, quando a motivação para tal ansiedade é resolvida.

Sinais e sintomas manifestados – as pessoas que sofrem com transtorno de ansiedade generalizada costumam apresentar sintomas – como inquietação, perturbação do sono, falta de ar, etc – a ponto de causar sofrimento e prejuízo social, profissional e em outras da vida. A ansiedade causada por preocupações diárias não costuma causar sintomas físicos ou, quando causa, é em situações pontuais e em menor intensidade.

Quais os tratamentos para ansiedade?

O tratamento da ansiedade deve ser feito com base no histórico do paciente, os sintomas que apresenta e se há outros transtornos presentes. Normalmente, é feita uma combinação:

Psicoterapia – a mais comum para o transtorno de ansiedade generalizada é a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a pessoa a identificar crenças e pensamentos negativos, estabelecendo estratégias para mudá-los. A terapia familiar também pode ser indicada quando houver necessidade de envolver pessoas do convívio próximo no tratamento.

Medicamentos – podem ser prescritos nos casos mais severos, em que apenas a terapia e mudanças comportamentais não são suficientes. Os mais utilizados são os ansiolíticos e antidepressivos da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (IRSS) e dos inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN). Apenas médicos podem receitar esses medicamentos. É importante ressaltar que os fármacos têm o foco de aliviar os sintomas, e não “curar” o transtorno e nem substituir a psicoterapia.

Mudança de hábitos – junto com a equipe de cuidado da saúde mental, a pessoa com ansiedade deve ser encorajada a adotar hábitos que ajudem a manejar os sintomas. Alguns exemplos são fazer higiene do sono para melhorar a insônia, praticar exercícios físicos para o bem-estar geral, evitar bebidas e substâncias estimulantes, entre outros.

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Referências

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021-1/outubro/realidade-imposta-pela-pandemia-pode-gerar-transtornos-mentais-e-agravar-quadros-existentes – acessado em 31/01/2023

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